Sentei-me na berma do caminho, primeiro olhando o horizonte, depois as bermas verdejantes.
Fiquei em silêncio, ouvindo o vento que fazia dançar as folhas das arvores, ao longe um pássaro cantava, nada mais se fazia ouvir.
Respirei fundo, enchi bem o peito de ar, puro e com um aroma que há muito não sentia.
Sim, mais uma vez me refugiei neste paraíso que é a Serra, mais uma vez sou só eu e a natureza em redor.
Que saudade do silêncio ensurdecedor da Serra, do vento frio no rosto, das pedras rudes do caminho.
Que saudade do cansaço, da gota de suor no rosto, do esforço da caminhada.
Que saudade do prazer de alcançar o topo, de sentar naquela pedra.
Que saudade da água que brota fresca entre as rochas.
Ali, sentado na berma do caminho, lembro meus Amigos, companheiros do dia-a-dia, sem eles não sei viver.
Tal como a Serra, eles fazem parte de mim, são a minha alma, o meu coração.
Tal como o ar da Serra me enche o peito de ar fresco, assim os Amigos enchem o meu coração de amor puro.
E sentado ali sozinho, eu não estava só, tinha o coração cheio…
Quim Corvo
11 Dezembro 2009
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
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